quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Vou!

Os problemas continuam segunda feira...

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Missão cumprida!


Ao fim de uns 5 ou 6 meses, consegui terminar de preparar as aulas do primeiro semestre. Agora daqui até ao Natal, concentração absoluta na Tese! A ela!

Acabou. Mas não consigo ultrapassar e, no fundo, crescer.




Já lá vão 3 anos e meio.
A minha vida já deu várias voltas: já vivi em Lisboa, em Sintra, e estou de volta a Coimbra. Já mudei de casa 4 vezes desde então. Mas não consigo deixar de pensar que sou estudante e que só quero ter os mesmos programas que todos os estudantes.
Será que não vou nunca meter na cabeça que.. ACABOU?

terça-feira, 21 de novembro de 2006

A minha companhia.

É impressionante como tem sido a minha companhia nos momentos de profunda reflexão, nos momentos de trabalho e até nos domingos à tarde em que só apetece sentar no sofá e apreciar cada nota.
Já há 10 anos que Mozart está sempre a meu lado, ajudando-me a concentrar e a relaxar, a arrepiar-me, a sentir saudades e até a sorrir por causa de uma frase surpreendente. No fundo, ele será co-autor daquilo que fizer como tese, tal como teve um papel a dizer nos papers ou, nos tempos da licenciatura, me dava a motivação para estudar, nos pré-históricos tempos pré-iPod...
Era um génio. E o facto de o ser é que nunca nos fartamos da sua música, por milhões de vezes que a ouçamos.
Vou continuar a trabalhar. Desta vez ao som da Missa Kv 192 (sim, a que o Orfeon cantou a seguir a nós... Mas é uma gravação bem cantada!!! Há que não discriminar o compositor por causa de um infeliz intérprete...).

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

A ilha



Há momentos em que uma ilha parece um terror, fonte de solidão e de distância.

Há outros em que uma ilha é apenas um destino onde queremos ir, não propriamente por ser a ilha mas apenas por qualquer outra razão.

Mas há alturas em que só uma ilha nos dá a paz de espírito necessária para uma concentração essencial.

Seja em virtude da ilha propriamente dita ou de outra coisa qualquer...





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domingo, 19 de novembro de 2006

Às vezes.

Às vezes o lugar onde nos sentimos mais sós é precisamente o meio da multidão.







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sábado, 18 de novembro de 2006

Envelhecer

Não querendo admitir, há coisas que nos vão mostrando, pouco a pouco, que estamos a envelhecer. Pior, que os nossos amigos estão a envelhecer.

Ontem, sexta-feira, só me apetecia passar a noite em casa, a ver tudo o que de pior dá na TV.

Hoje gostava de sair, mas é a vez dos amigos quererem estar em casa.

Pouco a pouco, a idade avança...







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quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Há dias em que temos que nos agarrar a um bom sentimento.

Hoje é um deles. Por isso, agarro-me a Dezembro de 2002, em que o CMUC cantou Bach enquanto Mário Silva pintava Coimbra. Fica o som da Cantata 147, apanhado por um mini-disc.





Ingratidão inocente

Eles não sabem como são ingratos e por isso tento não me ofender, ou melhor, tento não entristecer.
No fundo, não sabem o que é estar deste lado, o que é perder 8 horas por cada 45 minutos que passo com eles, o puxar pela cabeça para encontrar motivos de interesse, de empenho, de boa disposição. Não sabem que eu não tinha de o fazer, não sabem que ninguém me dá nada por fazê-lo. Não sabem que estar com eles me tira tempo, me tira disponibilidade mental, me cansa e, assim, me desconcentra da tese de mestrado.
Mais: não sabem o que é sentir que aquilo que eu mais gosto de fazer me deixou triste, me deixou agastado, desconfiado. E não sabem que me fazem duvidar se eu gosto realmente de fazer aquilo que mais gosto de fazer.
Mas não consigo deixar de ficar triste e desiludido. Porque eu sei que nunca faria o que eles fazem.
Valem-me os outros, que são a maioria, que gostam, que se interessam, que vivem, que perguntam, que sorriem, que são educados, que me respeitam.
Serve para eu perceber, de uma vez por todas, que não é possível dar-me bem com todos. Que há quem goste e quem não goste.

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

O meu cérebro é muito estranho...

Confesso que não percebo bem como o meu cérebro funciona. De facto, ontem estive 4 horas à volta de uns textos e, por mais que tentasse, não percebi nada do que queriam dizer. NADA. E bemn que tentei!
Hoje acordo, venho lê-los de forma meio ensonada, e eis que não só tudo fgaz sentido, como me parece claro e óbvio o que lá se diz...
Acho que isto só pode ser sintoma de aproximação de tilt...

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

O Fim da Ecovia - A injustiça governamental nos Transportes Urbanos de Coimbra

É com desagrado e profundo lamento que assisto à decisão da Câmara Municipal de Coimbra de acabar com o serviço ECOVIA, já a partir de 1 de Janeiro. Para quem não conhece, a Ecovia é um sistema inovador que visa retirar o trânsito do centro da cidade, colmatando ao mesmo tempo as desvantagens dos transportes públicos. Assim, na cidade de Coimbra existem 6 parques de estacionamento periféricos onde se pode estacionar durante um dia inteiro por 1,75€. Por esse preço, há direito a vigilância do carro e 2 senhas para minibus (ida e volta), cuja viagem oferece a leitua do Diário de Coimbra e se opera em percursos directos, rápidos aos pontos mais problemáticos do trânsito da cidade: o Polo I da Universidade e a baixa.
Não tem a desvantagem dos autocarros e tróleicarros da morosidade e dos trajectos mais ou menos enviosados, bem como permite escapar àquele provincianismo citadino de Coimbra, através do qual não fica bem certas pessoas serem vistas num autocarro.
Criado em 2000, nestes seis anos, que conclusões tirar do serviço? Muitos carros tirados do trânsito, menos problemas de estacionamento mas muito menos adesão do que se esperaria. O que resultou nos 5,2 MILHÕES DE EUROS de prejuízo e no epíteto de Ecovazia...

Parece-me que a Ecovia é um daqueles serviços por natureza deficitários, pelo que o prejuízo por si só não devia ser suficiente para fundar a extinção de um mecanismo inovador e económico que, de facto, oferecia alternativas ao uso do transporte particular.

Mas não posso deixar de concordar com Carlos Encarnação quando se analisa que 5,2 Milhões de Euros é um prejuízo manifestamente incomportável. E que resulta, mais uma vez, da estranha injustiça governamental que paira sobre o sistema de transportes conimbricense.

Com efeito, a terceira maior rede de transportes urbanos do país não recebe um cêntimo dos cofres do Estado, sendo ainda a única cidade ibérica que maném os tróleicarros, responsabilidade histórica mas também ecológica (os trolleys são eléctricos e, assim, não poluem o ambiente) que potencia os custos.

A isto acresce a inexplicável medida do governo de suspensão das obras do MetroMondego, quando o concurso estava adjudicado e as demolições na baixa estão em curso.
O que só é mais dramático quando o orçamento de Estado gasta milhões em transferências compensatórias para a Carris, o Metro de Lisboa e os STCP. E nem um cêntimo aos SMTUC...

Isto é, Coimbra paga os seus transportes e ainda suporta os de Lisboa e do Porto.

Só não sei como lutar contra esta decisão. Não há ainda um daqueles abaixo-assinados inúteis de circulam nos protestos contra tudo? Ou quando há finalmente uma coisa por que valha a pena lutar, estou absolutamente sozinho?

Hoje vou para a faculdade na ECOVIA. E vou com uma revolta interior estúpida, pois compreendo a decisão apesar de a não querer aceitar...

terça-feira, 7 de novembro de 2006

O Jogo fantástico da Jornada

Ganhar 3-0 ao Braga sem marcar nenhum golo... É de campeão!

sexta-feira, 3 de novembro de 2006

É hoje



Aterragem prevista para as 17:40! Mal posso esperar!

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

A Fada Oriana

Por mais que viva, nunca vou esquecer a pacieência da minha mãe que, todas as noites, me lia um excerto d' A Fada Oriana. Pode ser pindérico, mas ainda hoje me parece uma das obras mais geniais da literatura portuguesa.
Sobretudo na voz da minha mãe.

"Há duas espécies de fadas: as fadas boas e as fadas más. As fadas boas fazem coisas boas e as fadas más fazem coisas más.

As fadas boas regam as flores com orvalho, acendem o lume dos velhos, seguram pelo bibe as crianças que vão cair ao rio, encantam os jardins, dançam no ar, inventam sonhos, e à noite põem moedas de oiro dentro dos sapatos dos pobres.
As fadas más fazem secar as fontes, apagam a fogueira dos pastores, rasgam a roupa que está ao sol a secar, desencantam os jardins, arreliam as crianças, atormentam os animais e roubam dinheiro aos pobres.
Quando uma fada boa vê uma árvore morta, com os ramos secos e sem folhas toca-lhe com a sua varinha de condão e no mesmo instante a árvore cobre-se de folhas, de flores, de frutos e de pássaros a cantar.
Quando uma fada má vê uma árvore cheia de folhas, de flores e de pássaros a cantar, toca-lhe com a sua varinha mágica do mau fado e no mesmo instante um vento gelado arranca as folhas, os frutos apodrecem, as flores murcham e os pássaros caem mortos no chão."
Sophia de Mello Breyner, A Fada Oriana.


Porque será?


10 da manhã e está estou exausto, cansado de ver como se fazem notas de honorários ou se podemos aceitar o patrocínio do melhor amigo...

Mas hoje tenho uma motivação extra: espectáculo do CMUC.

É impressionante, mas os anos passam e o entusiamo mantém-se! Em dia de espectáculo, fico mais alegre mas mais impaciente, e conto as horas para chegar finalmente o momento. O momento do antes, em que estou nervoso e stressado, a mandar bocas a todos os naipes; o momento do durante, em que sou invadido por um orgulho fulgurante, ao mesmo tempo que me encanto com a sonoridade reflectida do coro; o momento do depois, em que há a parte dos disparates com os restantes CMUCianos.