terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Percebi.

Foi só mesmo ao fim do dia que percebi o que se passava comigo ontem, esta vontade de desaparecer, de sair de cá. (Aliás, não fora o jantar de hoje à noite e um aluno com dúvidas à tarde, estaria esparrachado na Figueira, a ver o mar enquanto preparava as aulinhas do 2.º Semestre. Vou amanhã. Se alguém me quiser acompanhar numa espécie de viagem reparadora, é bem vindo! Conto ficar até sexta-feira).
No fundo, o que me incomodou ontem foi perceber que o local de trabalho não tem de ser um sítio onde se fazem amigos. Os colegas de trabalho são isso mesmo e não têm (nem estão à espera disso) de partilhar a nossa amizade e interesse.
Ora, para quem, como eu, anda sempre à procura de agradar e de fazer mais um amigo, não deixa de ser uma percepção um pouco dolorosa.
Resta-me aprender a viver com isso e, assim, não esperar nada. Pois quem não espera não se desilude.

2 comentários:

Marta disse...

Como eu te compreendo,.. investimos nas pessoas e fazemos o nosso melhor para agradar e faze-las sentirem-se bem. Mas afinal elas não estavam à espera de nada disso porque também não estavam a pensar dar,... e nós ficamos tristes, pequeninos e magoados,... o pior é que realmente ninguém nos pediu nada,... estupidos de nós que quisemos dar,... Mas não podemos ficar frios como pedras,.. mas temos que nos poupar destas desilusões,... Temos que procurar o meio termo,...

Adoro-te!!

Anónimo disse...

Pois... Vive-se e aprende-se! Tens razão quando dizes que "quem não espera não se desilude", mas vive menos e não vive, necessariamente, melhor! Sou tal e qual como tu e gosto de ser assim... As alegrias que me trazem os (novos) amigos são infinitamente mais compensadoras que as (poucas)desilusões! Pensa nisto... E não mudes! Beijinhos grandes
Nitinha