
Criado em 2000, nestes seis anos, que conclusões tirar do serviço? Muitos carros tirados do trânsito, menos problemas de estacionamento mas muito menos adesão do que se esperaria. O que resultou nos 5,2 MILHÕES DE EUROS de prejuízo e no epíteto de Ecovazia...

Parece-me que a Ecovia é um daqueles serviços por natureza deficitários, pelo que o prejuízo por si só não devia ser suficiente para fundar a extinção de um mecanismo inovador e económico que, de facto, oferecia alternativas ao uso do transporte particular.
Mas não posso deixar de concordar com Carlos Encarnação quando se analisa que 5,2 Milhões de Euros é um prejuízo manifestamente incomportável. E que resulta, mais uma vez, da estranha injustiça governamental que paira sobre o sistema de transportes conimbricense.
Com efeito, a terceira maior rede de transportes urbanos do país não recebe um cêntimo dos cofres do Estado, sendo ainda a única cidade ibérica que maném os tróleicarros, responsabilidade histórica mas também ecológica (os trolleys são eléctricos e, assim, não poluem o ambiente) que potencia os custos.

A isto acresce a inexplicável medida do governo de suspensão das obras do MetroMondego, quando o concurso estava adjudicado e as demolições na baixa estão em curso.
O que só é mais dramático quando o orçamento de Estado gasta milhões em transferências compensatórias para a Carris, o Metro de Lisboa e os STCP. E nem um cêntimo aos SMTUC...
Isto é, Coimbra paga os seus transportes e ainda suporta os de Lisboa e do Porto.
Só não sei como lutar contra esta decisão. Não há ainda um daqueles abaixo-assinados inúteis de circulam nos protestos contra tudo? Ou quando há finalmente uma coisa por que valha a pena lutar, estou absolutamente sozinho?
Hoje vou para a faculdade na ECOVIA. E vou com uma revolta interior estúpida, pois compreendo a decisão apesar de a não querer aceitar...
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