Só que um dia o secador avaria, talvez por não sentir que o utilizador lhe dê valor suficiente. E só nesse dia é que o utilizador vai perceber como é andar de cabelo molhado. Só nesse dia vai dar valor ao secador.
sexta-feira, 29 de dezembro de 2006
Agora já sei o que é ser um secador de cabelo.
Só que um dia o secador avaria, talvez por não sentir que o utilizador lhe dê valor suficiente. E só nesse dia é que o utilizador vai perceber como é andar de cabelo molhado. Só nesse dia vai dar valor ao secador.
quinta-feira, 21 de dezembro de 2006
Gosto.
Gosto do cheiro da chuva na terra molhada. Gosto de preparar uma prenda surpresa para alguém especial, fazendo um embrulho da melhor forma que sei (e que fica sempre desengonçado), a imaginar como será a reacção. Gosto de acordar de manhã, abrir o olho direito, e ver uma nesga de sol. Gosto de ouvir uma música antiga e aperceber-me que, apesar de não a ter ouvido nos últimos 10 anos, ainda sei a letra. Gosto de não esquecer o cheiro do Natal. Gosto de me rir com vontade por uma piada a que ninguém achou graça. Gosto de pôs os pés à braseira. Gosto que me aconcheguem os lençóis, como se fosse um bebé. Gosto das pessoas que gostam de mim. Gosto muito de ser feliz.
terça-feira, 19 de dezembro de 2006
Percebi.
No fundo, o que me incomodou ontem foi perceber que o local de trabalho não tem de ser um sítio onde se fazem amigos. Os colegas de trabalho são isso mesmo e não têm (nem estão à espera disso) de partilhar a nossa amizade e interesse.
Ora, para quem, como eu, anda sempre à procura de agradar e de fazer mais um amigo, não deixa de ser uma percepção um pouco dolorosa.
Resta-me aprender a viver com isso e, assim, não esperar nada. Pois quem não espera não se desilude.
segunda-feira, 18 de dezembro de 2006
CHEGA!
Há dias que não aguento mais que me liguem, me telefonem, me peçam coisas, me chateiem. Porque é que ninguém me deixa em paz????
terça-feira, 12 de dezembro de 2006
sexta-feira, 8 de dezembro de 2006
quarta-feira, 6 de dezembro de 2006
quarta-feira, 29 de novembro de 2006
segunda-feira, 27 de novembro de 2006
Missão cumprida!
Ao fim de uns 5 ou 6 meses, consegui terminar de preparar as aulas do primeiro semestre. Agora daqui até ao Natal, concentração absoluta na Tese! A ela!
Acabou. Mas não consigo ultrapassar e, no fundo, crescer.
Já lá vão 3 anos e meio.
A minha vida já deu várias voltas: já vivi em Lisboa, em Sintra, e estou de volta a Coimbra. Já mudei de casa 4 vezes desde então. Mas não consigo deixar de pensar que sou estudante e que só quero ter os mesmos programas que todos os estudantes.
Será que não vou nunca meter na cabeça que.. ACABOU?
terça-feira, 21 de novembro de 2006
A minha companhia.
Já há 10 anos que Mozart está sempre a meu lado, ajudando-me a concentrar e a relaxar, a arrepiar-me, a sentir saudades e até a sorrir por causa de uma frase surpreendente. No fundo, ele será co-autor daquilo que fizer como tese, tal como teve um papel a dizer nos papers ou, nos tempos da licenciatura, me dava a motivação para estudar, nos pré-históricos tempos pré-iPod...
Vou continuar a trabalhar. Desta vez ao som da Missa Kv 192 (sim, a que o Orfeon cantou a seguir a nós... Mas é uma gravação bem cantada!!! Há que não discriminar o compositor por causa de um infeliz intérprete...).
segunda-feira, 20 de novembro de 2006
A ilha
Há outros em que uma ilha é apenas um destino onde queremos ir, não propriamente por ser a ilha mas apenas por qualquer outra razão.
Mas há alturas em que só uma ilha nos dá a paz de espírito necessária para uma concentração essencial.
Seja em virtude da ilha propriamente dita ou de outra coisa qualquer...
powered by performancing firefox
domingo, 19 de novembro de 2006
Às vezes.
powered by performancing firefox
sábado, 18 de novembro de 2006
Envelhecer
Ontem, sexta-feira, só me apetecia passar a noite em casa, a ver tudo o que de pior dá na TV.
Hoje gostava de sair, mas é a vez dos amigos quererem estar em casa.
Pouco a pouco, a idade avança...
powered by performancing firefox
quinta-feira, 16 de novembro de 2006
Há dias em que temos que nos agarrar a um bom sentimento.
Hoje é um deles. Por isso, agarro-me a Dezembro de 2002, em que o CMUC cantou Bach enquanto Mário Silva pintava Coimbra. Fica o som da Cantata 147, apanhado por um mini-disc.
Ingratidão inocente
No fundo, não sabem o que é estar deste lado, o que é perder 8 horas por cada 45 minutos que passo com eles, o puxar pela cabeça para encontrar motivos de interesse, de empenho, de boa disposição. Não sabem que eu não tinha de o fazer, não sabem que ninguém me dá nada por fazê-lo. Não sabem que estar com eles me tira tempo, me tira disponibilidade mental, me cansa e, assim, me desconcentra da tese de mestrado.
Mais: não sabem o que é sentir que aquilo que eu mais gosto de fazer me deixou triste, me deixou agastado, desconfiado. E não sabem que me fazem duvidar se eu gosto realmente de fazer aquilo que mais gosto de fazer.
Mas não consigo deixar de ficar triste e desiludido. Porque eu sei que nunca faria o que eles fazem.
Valem-me os outros, que são a maioria, que gostam, que se interessam, que vivem, que perguntam, que sorriem, que são educados, que me respeitam.
Serve para eu perceber, de uma vez por todas, que não é possível dar-me bem com todos. Que há quem goste e quem não goste.
segunda-feira, 13 de novembro de 2006
O meu cérebro é muito estranho...
Hoje acordo, venho lê-los de forma meio ensonada, e eis que não só tudo fgaz sentido, como me parece claro e óbvio o que lá se diz...
Acho que isto só pode ser sintoma de aproximação de tilt...
quarta-feira, 8 de novembro de 2006
O Fim da Ecovia - A injustiça governamental nos Transportes Urbanos de Coimbra
Criado em 2000, nestes seis anos, que conclusões tirar do serviço? Muitos carros tirados do trânsito, menos problemas de estacionamento mas muito menos adesão do que se esperaria. O que resultou nos 5,2 MILHÕES DE EUROS de prejuízo e no epíteto de Ecovazia...
Parece-me que a Ecovia é um daqueles serviços por natureza deficitários, pelo que o prejuízo por si só não devia ser suficiente para fundar a extinção de um mecanismo inovador e económico que, de facto, oferecia alternativas ao uso do transporte particular.
Mas não posso deixar de concordar com Carlos Encarnação quando se analisa que 5,2 Milhões de Euros é um prejuízo manifestamente incomportável. E que resulta, mais uma vez, da estranha injustiça governamental que paira sobre o sistema de transportes conimbricense.
A isto acresce a inexplicável medida do governo de suspensão das obras do MetroMondego, quando o concurso estava adjudicado e as demolições na baixa estão em curso.
O que só é mais dramático quando o orçamento de Estado gasta milhões em transferências compensatórias para a Carris, o Metro de Lisboa e os STCP. E nem um cêntimo aos SMTUC...
Isto é, Coimbra paga os seus transportes e ainda suporta os de Lisboa e do Porto.
Só não sei como lutar contra esta decisão. Não há ainda um daqueles abaixo-assinados inúteis de circulam nos protestos contra tudo? Ou quando há finalmente uma coisa por que valha a pena lutar, estou absolutamente sozinho?
terça-feira, 7 de novembro de 2006
sexta-feira, 3 de novembro de 2006
quinta-feira, 2 de novembro de 2006
A Fada Oriana
Sobretudo na voz da minha mãe.
"Há duas espécies de fadas: as fadas boas e as fadas más. As fadas boas fazem coisas boas e as fadas más fazem coisas más.
As fadas boas regam as flores com orvalho, acendem o lume dos velhos, seguram pelo bibe as crianças que vão cair ao rio, encantam os jardins, dançam no ar, inventam sonhos, e à noite põem moedas de oiro dentro dos sapatos dos pobres.
As fadas más fazem secar as fontes, apagam a fogueira dos pastores, rasgam a roupa que está ao sol a secar, desencantam os jardins, arreliam as crianças, atormentam os animais e roubam dinheiro aos pobres.
Quando uma fada boa vê uma árvore morta, com os ramos secos e sem folhas toca-lhe com a sua varinha de condão e no mesmo instante a árvore cobre-se de folhas, de flores, de frutos e de pássaros a cantar.
Quando uma fada má vê uma árvore cheia de folhas, de flores e de pássaros a cantar, toca-lhe com a sua varinha mágica do mau fado e no mesmo instante um vento gelado arranca as folhas, os frutos apodrecem, as flores murcham e os pássaros caem mortos no chão."
Sophia de Mello Breyner, A Fada Oriana.
Porque será?
10 da manhã e está estou exausto, cansado de ver como se fazem notas de honorários ou se podemos aceitar o patrocínio do melhor amigo...
Mas hoje tenho uma motivação extra: espectáculo do CMUC.
É impressionante, mas os anos passam e o entusiamo mantém-se! Em dia de espectáculo, fico mais alegre mas mais impaciente, e conto as horas para chegar finalmente o momento. O momento do antes, em que estou nervoso e stressado, a mandar bocas a todos os naipes; o momento do durante, em que sou invadido por um orgulho fulgurante, ao mesmo tempo que me encanto com a sonoridade reflectida do coro; o momento do depois, em que há a parte dos disparates com os restantes CMUCianos.
terça-feira, 31 de outubro de 2006
Revolta...
segunda-feira, 30 de outubro de 2006
Definitivamente, já não dou para isto
O pior é que deixei o mais aberrante para o fim - Deontologia - pelo que ainda faltam aquelas histórias bonitas de como beber álcool em público mancha a imagem da classe...
Poupem-me...
sábado, 28 de outubro de 2006
Ela
Morro de orgulho com tudo o que faz, delicio-me com a forma como sorri, derreto-me cada vez que ela reclama com qualquer coisa ou com a gargalhada que solta sempre que acontece alguma desgraça a um transeunte.
sexta-feira, 27 de outubro de 2006
Mais uma latada mágica da vestusta Coimbra
As nossas latadas passaram, foram, mas não se apagaram. Por isso dá um "quentinho" tão bom ouvir um FRA e ver a nossa Coimbra, mágica, vestida de negro, com aquela imponência que só percebe quem cá esteve.
terça-feira, 24 de outubro de 2006
Como não seria a minha vida
Ontem pensei em como teria sido a minha se não tivesse estado cá... Era mais pobre, com toda a certeza.
Eu seria menos maduro, nunca teria conhecido aqueles que são hoje os mais importantes amigos, confidentes, nos momentos bons e nos maus.
Não teria aprendido como gosto de cantar, não teria sabido que ainda há sítios onde as pessoas se divertem com os 80s.
Nunca teria provado a sensação de orgulho por uma Missa de Mozart, um CD de Miserere, umas cantatas de Bach ou por um sarau de queima onde se emudece uma sala cheia...
Obrigado CMUC.
Os critérios de correcção dos exames à OA
Exame 1: A promete vender a B. B soube que A ia vender a C dentro de 7 dias. Que deve B fazer?
Eu pensei: "Execução Específica e regista a acção. Assim mesmo que o A venda ao C, o contrato ser-lhe-á inoponível, porque tem a acção registada".
ERRADO! Eles queriam uma providência cautelar...
Exame 2: A casa com B. Há 8 anos, A saíu de casa e B nunca mais o viu. A vive com outra e maltratava a B.
Eu pensei: "Acção de divórcio litigioso por causa objectiva: separação de facto há 8 anos".
ERRADO: Eles queriam divórcio com base em causas subjectivas: violação do dever de respeito, violação do dever de fidelidade.
Exame 3 (e este é o mais grave, porque a solução cotada está errada...): A comprou uns móveis numa loja. Não paga porque estão defeituosos. A loja intenta acção de condenação. Para defender A, que fazer?
Eu pensei: "Lei da protecção do consumidor. Comprou numa loja que vende ao público, logo nao se aplica o regime da venda de coisa defeituosa do CC mas sim a possibilidade de o consumidor escolher a anulação do negócio, a redução do preço ou a reparação".
ERRADO: eles queriam uma acção de responsabilidade contratual geral...
Ou seja, fiz 3 exames de processo civil e CHUMBEI EM TODOS!!! E o pior é que continuo a achar que tenho razão. Estou possesso.
segunda-feira, 23 de outubro de 2006
Reserva Confirmada
Voltar a estudar para um exame
sexta-feira, 20 de outubro de 2006
O Aborto
Sei que nem todos vêem o mundo como eu, e ainda bem. Mas a verdade é que é um assunto que me incomoda cada vez mais... deve ser da idade.
O que me custa mais é ver que, se calhar, o povo soberano vai escolher a liberalização, partindo de uma pergunta enganadora, como já expliquei noutro blog.
Aqui fica a luta de quem pensa como eu: IMPLICA-TE.
quinta-feira, 19 de outubro de 2006
Um estrondoso sucesso
sábado, 14 de outubro de 2006
Resolver problemas
Esse desespero que atacar o problema dói muito, é certo. Mas dói menos que uma angústia que languidamente delapida a nossa disposição, mata os sorrisos e nos faz duvidar de tudo o que há de bom na vida. Nem que a solução do problema seja proisória, há que o resolver, marcando data para nova revisão.
Nunca duvidei deste conhecimento empírico.
Mas hoje assaltou-me a hipótese de não ter de ser assim. Por eu fazer desta forma, não quer dizer que esta seja a única (ou muito menos a melhor) maneira de lidar com as contrariedades que a vida nos traz. Se calhar é possível viver suportando pequenas doses de angústia, relegando para um "depois" mais ou menos incerto a resolução do problema.
Não sei. Acho que continuo a querer resolver tudo de uma vez. Mas talvez não seja a única forma de viver...
sexta-feira, 13 de outubro de 2006
A luz!
O entusiasmo bate-nos à porta sem repararmos. Ontem estava mesmo desanimado, perdido e sem saber por onde ir. De repente, surge uma ideia. Será tola? Se calhar não é tola! Não sendo tola, talvez valha a pena aprofundar. Lêem-se umas coisas e... já está! Estou entusiasmadíssimo! Não sei no que isto vai dar... Se calhar na próxima semana estou a colocá-la de lado. Mas vale a pena ter a ideia só por me ter dado tanta energia! Agora, AO TRABALHO!
quarta-feira, 11 de outubro de 2006
Ser pêssego.
Tenho saudades de passar uma noite em casa, sem falar com ninguém. Desligar o cérebro, deitar-me no sofá e ser tão enérgico como um vegetal. De preferência, a ver um filme daqueles em que meio neurónio é excessivo para que a assistência se faça com vigor!
segunda-feira, 2 de outubro de 2006
Gosto da chuva
Mas a chuva tem o condão de tornar a nossa casa um sítio melhor. De facto, quando se olha para uma tempestade vista do quentinho da nossa casa, a cadeira torna-se mais confortável, a luz do velho candeeiro ganha outra vida e até a cama por fazer se torna mais apetecível.
Por outro lado, a chuva tem aquele "barulhinho bom", que traz aquela recordação do abraço silencioso apenas acompanhado do som de cada pingo.
Gosto mesmo da chuva.
Porque não faz mal.
Eu tenho medo de falhar. Porque falhar é a prova de que não controlamos tudo, que as coisas não sucedem só por querermos muito ou por desejarmos muito.
Hoje estou com mais medo do caminho que escolhi. Acho que não vou ser capaz de saltar o buraco que apareceu no meio da minha estrada e que, por isso, vou cair num poço sem fundo. Será que o mais sensato é voltar para trás e apanhar outra direcçã0?